sexta-feira, 25 de julho de 2008

Titânio - Um material fantástico

História

O titânio não ocorre de forma livre e pura na natureza. O fantástico metal foi descoberto em 1791, na sua forma de óxido, pelo inglês William Gregor.
Gregor nasceu em Cornualha onde se interessou pela química. Graduou-se na Faculdade de St John (Cambridge) em 1784. Posteriormente, transferiu-se para Diptford em Devon. Após uma breve permanência em Bratton Clovelly transferiu-se permanentemente para a reitoria de Cornwall. Ali iniciou uma análise química notavelmente exata dos minerais de pegmatita (denominado de "Cornish Stone", na Europa). De um mineral local, uma forma de ilmenita do "Vale Menaccan", isolou o "metalmenaccanita" (primeiro nome do titânio) em homenagem ao nome do Vale. Em 1795 Martin Heinrich Klaproth descobriu um novo metal (TITANIUM) no mineral rutilo, demonstrando ser o mesmo elemento econtrado por Gregor. Gregor encontrou mais tarde o mesmo metal num Corindon do Tibete, e numa turmalina de uma mina local de estanho (famosos óxidos de titânio combinado aos elementos minerais).

Cristais de rutilo, a forma mais comum
de dióxido de titânio encontrada na natureza
(foto: Fersman Mineralogical Museum/Russian Academy of Science).

O Titânio permaneceu desconhecido até a década de 1920, quando sua extração, a partir de seu óxido na forma comum passou a ser refinado, mas sua utilização e a exaltação de suas propriedades, bem como sua utilização só tiveram projeção como material em aplicação bélica introduzido a partir da guerra-fria e pela corrida espacial. Começando na década de 1950 o titânio tornou-se uma matéria prima essencial na guerra tecnológica. A escolha do material foi baseada em suas característica extraordinárias: extremamente duro, cerca de 3 vezes mais se comparado ao aço, 42% mais leve, quimicamente inerte, resistente a altas temperaturas e condições enérgicas e baixo condutor térmico. Era utilizado na fabricação de mísseis, submarinos, ligas de armas de fogo, satélites, aviões e até mesmo no famoso Concord (Aeronave francesa muito famosa).

Disponibilidade

Embora seja o quarto material mais comum após o alumínio, o ferro e o magnésio, o óxido de titânio é o segundo elemento encontrado na natureza em dureza, atrás somente do diamante. É
o nono elemento mais abundante da terra e destaca-se por ter um processo de extração e separação extremamente difícil.

Nos anos 1950 os custos do material eram altíssimos devido a complexidade de extração e processos, atualmente, após a política desarmamentista e novas tecnologias de extração e beneficiamento tronou-se pouco mais disponível. Os japoneses nos anos de 1970 foram pioneiros na sua utilização para elaboração de vidros utilizados nas contruções de arrancha-céus devido a sua baixa taxa de expanção térmica junto ao vidro.



Um marco na intensificação desse elemento, sua fama e prestígio ocorreu em 1997, com a inauguração de uma maravilha arquitetônica: O Museu Guggenheim (Guggenheim Museum.pdf), em Bilbao, Espanha pela geniosidade do arquiteto Frank Gehry. Toda estrutura externa do museu foi revestida por chapas de titânio. Em seguida o material ganhou notoriedade quando aplicado na Tocha Olímpica dos Jogos de 1997 de Nagano, japão. Status de material tecnológico.

2 comentários:

Unknown disse...

Opa!
O que eu fico mais impressionado é que nós ingerimos dióxido de titânio em vários alimentos industrializados, por exemplo nos sucos em pó cligth e tang. Me parece que a utilização nesses casos é como corante...
abraço!
igor

Prof. Paulo M. disse...

Isso Mesmo Igor! Mas não fique tão impressionado assim não! O Titânio não traz problemas à nossa saúde, assim como outros óxidos de matais. Também denominado titânia, é um sólido cristalino branco, de estrutura tetragonal, insolúvel em água, não tóxico e quimicamente bastante estável.Algumas aplicações: a mais importante é como pigmento, para dar cor branca e opacidade a tintas, esmaltes, plásticos, papéis, fibras, alimentos, cosméticos. É o pigmento branco mais usado. Também como material fotossensível em células fotovoltaicas. A resistividade varia com o teor de oxigênio da atmosfera e, por isso, pode ser usado em censores de oxigênio. De forma impura, é encontrado no mineral rutílio. Também produzido a partir do mineral ilmenita (titanato ferroso, TiFeO3).