sábado, 26 de setembro de 2009

Design, prototipagem rápida e seus meios-Parte III

Diferenças entre processos

Ha muitos outros sistemas, disponíveis comercialmente ou sob pesquisa e desenvolvimento, baseados em diferentes processos. Dentre estes se incluem o Shape Deposition Manufacturing (SDM) e Three Dimensional Printing (3DP). A tabela abaixo resume as características dos processos mais conhecidos e de Prototipagem Rápida atualmente disponíveis. A tabela abaixo resume as características dos processos mais comuns de Prototipagem Rápida atualmente disponíveis.


Ferramentas de Software

O primeiro pré-requisito para a utilização de um sistema de Prototipagem Rápida e a modelagem das formas e geometrias pretendidas através de um ambiente CAD. O modelo 3D matemático é usualmente exportado pelo pré-processador CAD através de um arquivo, geralmente no formato STL. Este formato é a representação geométrica da peça a ser produzida, utilizando uma malha de triângulos. Em alguns casos irregularidades estão associadas a esta maneira de representar a geometria matemática, como furos, partes sobrepostas ou lacunas nos limites das superfícies, além das imperfeições que podem ocorrer devido ao numero limitado de triângulos na malha de representação das formas geométricas. Para tratar com estas irregularidades muitas ferramentas estão comercialmente disponíveis pare manipular arquivos STL, validando estes arquivos e reparando os problemas usualmente encontrados. A manipulação é possível através do uso de ferramentas de visualização com sombreamento e dimensionamento da peça. A quantidade e qualidade de triângulos em um arquivo STL pode ser otimizada, criando modelos mais precisos e realísticos. Outros formatos de arquivos são comumente utilizados para esse fim, como por exemplo, o de extensão IGES. Diferente do STL o IGES apresenta um maior número de informações do modelo em questão e por conseqüência um maior peso em seu tamanho.

Várias ferramentas de conversão estão disponíveis, devido à diversidade de formatos para representação geométrica, permitindo a conversão de diferentes formatos em STL. A maioria dos padrões comuns para a representação geométrica de dados é: IGES, Initial Graphics Exchange Specification (Padrão ANSI), STEP - Slandard for the Exchange of Product Model Data (Padrão ISO 10303) e VDA-FS (Padrao DIN). Há também ferramentas para a conversão de imagens médicas, como Tomografias computadorizadas (CT) e Ressonância Magnética (MRT) em formato STL.

Estas ferramentas incorporam recursos para compensar mudanças na forma do protótipo devido à contração e deformidades intrínsecas de alguns processos de Prototipagem Rápida ou para compensar um revestimento posterior ou trabalhos de acabamento. Outros recursos destas ferramentas permitem a união de diferentes modelos em STL e também criar um novo (editando), mudando a forma do modelo, inserir furos, criar pinos de união, cortar partes do modelo, etc. Com estas ferramentas é possível a criação de modelos ocos e superfícies finas, otimizando o tempo e material gasto, levando em consideração redução de problemas de deformação. Em alguns processos baseados em líquido, se faz necessário uma ferramenta para a geração automática de estruturas de suporte.

Um exemplo de uma ferramenta muito especializada na área de Prototipagem Rápida é um sistema desenvolvido no Laboratório de Prototipagem Rápida do BIBA na Alemanha o qual apóia usuários na busca por melhores soluções na geração de protótipos baseados em dados matemáticos desenvolvidos em CAD. A seleção e baseada em informações sobre materiais, máquinas, processos e protótipos.

Prototipagem Rápida, aplicações e limitações

As técnicas de Prototipagem Rápidas têm sido aplicadas com sucesso na fabricação de protótipos funcionais e ferramentas para produção em massa. A produção de protótipos funcionais é ainda, em alguns casos, um processo caro e que consome muito tempo, devido à relação de tamanhos e maquinário.

De acordo com Hilton, o uso das técnicas de Prototipagem Rápida na fabricação de ferramentas pode reduzir em 75% o tempo de desenvolvimento. Não reduzindo apenas o tempo, mas também o custo de desenvolvimento do produto. Como exemplo os fabricantes de brinquedo, poderiam utilizar tecnologias de Prototipagem Rápida para suprir suas necessidades de produção em larga escala do mesmo produto em um tempo limitado, com desenvolvimento de novos produtos pare cada época do ano.

Peças produzidas através de técnicas de Prototipagem Rápida são cada vez mais usadas para produção de pré-séries e produção de alto e baixo volume. Por exemplo, a Ford Motor Co. , utiliza técnicas de Prototipagem Rápida para produzir moldes metálicos para uma peça plástica na linha Explorer.

ASHLEY relata que a gerencia da Ford acredita que os novos processos resultaram em economia de 30% a 50% nos custos e tempo para produção de ferramentas. Tecnologia para fabricação de ferramentas para produção em massa já tem sido desenvolvida de forma bem sucedida.

Outra principal aplicação para Prototipagem Rápida tem sido a produção rápida de modelos pare fazer peças para visualização, marketing visual, ou alguma outra aplicação onde o protótipo pode representar uma importante função para melhor comunicação, teste, simulação, ou simples visualização. Além disso, as tecnologias de Prototipagem Rápida possibilitam a produção de peça complexas que são impraticáveis ou impossíveis de construir com métodos tradicionais.

O desenvolvimento de ferramentas para converter imagens CT ou MRT em formato STL propiciam a integração entre estas imagens com máquinas de Prototipagem Rápida, abrindo um novo campo de aplicações. Cirurgias e próteses podem ser mais bem planejadas implicando em menor tempo e sofrimento na recuperação de pacientes.

Análise por computador - Elementos finitos e estática linear de tensões

Os softwares de CAE (Engenharia Assistida por Computador) utilizam modelos digitais para simular fenômenos físicos reais através de métodos numéricos aproximados. Os sistemas CAE mais difundidos atualmente são baseados no método dos elementos finitos, o qual deduz um modelo desenvolvido com auxílio do CAD em muitas partes pequenas, resolvendo então em um conjunto de equações algébricas para obter os resultados desejados, em função do carregamento e das condições de contornos aplicados.

Os sistemas CAE já são razoavelmente difundidos entre os engenheiros mecânicos e civis, principalmente para a realização de cálculos estruturais envolvendo tensões estáticas lineares. Entretanto, existem inúmeras situações mais complexas em que este tipo de cálculo acarreta dificuldades práticas e imprecisões importantes.

Por exemplo, para se analisar a resistência mecânica do quadro de uma bicicleta com o uso de um sistema CAE tradicional, seguiríamos as seguintes etapas: desenhar a geometria da bicicleta, definir os materiais envolvidos, definir as forças externas que a estrada exerce sobre a bicicleta enquanto esta se movimenta, definir as condições de contorno, processar os cálculos e interpretar os resultados. Tal exemplo evidencia uma pergunta inerente a este tipo de análise - "Quais são os valores das forças exercidas pela estrada sobre as rodas da bicicleta enquanto esta se movimenta?" A resposta a esta questão freqüentemente não está prontamente disponível, exigindo a realização de experiências práticas ou a adoção de hipóteses simplificadoras. Com a recente tecnologia de simulação de eventos mecânicos, não existe mais a necessidade de se encontrar uma resposta a esta pergunta para se executar a análise de tensões por elementos finitos.


Design in the city - Milão


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O 1º Prêmio Amapá Design tem como objetivo promover e estimular a busca pela inovação nos ambientes de hotéis e restaurantes de Macapá por meio da inserção de novos produtos dos setores moveleiro e artesanato. Além desse diferencial, o prêmio irá valorizar projetos que reduzam impactos ambientais, utilizem de forma racional os recursos naturais e valorizem aidentidade da Amazônia.
O prêmio é aberto a estudantes de todo o país. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 30 de setembro de 2009. Para mais informações acesse: www.ap.sebrae.com.br .

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tabela Ambiental - Natura

A tabela ambiental é uma iniciativa pioneira da Natura de colocar na rotulagem de suas embalagens e/ou na internet, seis indicadores que mostram a origem de suas matérias-primas e materiais de embalagem.
O objetivo da Natura é ser transparente e ter compromisso com a verdade. Outra intenção é mostrar os ganhos das iniciativas tecnológicas da Natura em prol do meio-ambiente.

A proposta da natura se baseia na tabela nutricional e busca através da idéia expor as características ambientais dos produtos. A partir de fatores ambientais existentes como: % detensoativos biodegradáveis, volume de diluição crítico, consumo de energia, emissão de gases de efeito estufa, além de quantificar a origem vegetal das matérias-primas desenvolvidas internamente na Natura.

Uma das principais preocupação quando a Natura construiu a tabela ambiental era criar parâmetros que o público em geral entendesse sem gerar dupla interpretação ou mesmo a incompreensão das informações apresentadas. A partir disso foram criados os indicadores de matérias-primas e indicadores de embalagens.

Indicadores de Matérias-Primas:

- Origem Vegetal Renovável: corresponde a toda parte da formulação dos produtos que teve sua origem de fonte vegetal.
- Origem Vegetal Natural: corresponde a toda parte da formulação dos produtos que teve sua origem de fonte vegetal e que não sofreu modificações em processos químicos.
- Com Certificação de Origem: corresponde a toda parte da formulação dos produtos que teve sua origem certificada.

Indicadores para as Embalagens:

-Material Reciclado: corresponde a toda parte da embalagem onde foi utilizado material reciclado pós-consumo, ou seja, componentes que já foram utilizados em algum produto e que foram reprocessados.
- Material Reciclável: corresponde a toda parte da embalagem que é possível reciclar depois que for utilizada, seja “up-cycling” (volta a se tornar uma embalagem dos produtos da Natura) ou down-cycling” (é utilizada para manufatura de outro produto, por exemplo, PET pode virar carpete).
- Número Recomendado de Refilagens: indica o total de vezes que a embalagem original pode ser reutilizada sem prejudicar sua aparência ou sua funcionalidade, e também sem alterar o produto.






Uma das premissas do projeto foi não aumentar o impacto ambiental, assim o estoque de frascos e cartuchos que não possuem a tabela não foram descartados. Além disso, produtos que tem embalagens pequenas, e, portanto não têm espaço para inclusão das tabelas, não terão cartuchos ou bulas incorporados apenas para sua colocação, como por exemplo batons. As informações de todos os produtos estão disponibilizadas no site da Natura.

Iniciativas como a da Natura mostram a preocupação de empresas que realmente estão preocupadas com os problemas ambientais, e não apenas aumentar o faturamento através de propagandas sobre o tema sustentabilidade. Esta iniciativa da inserção da tabela ambiental foi pioneira no segmento de cosméticos e a proposta ajuda na conscientização dos consumidores com relação as questões ambientais.

Diferentemente de uma nova tecnologia radical (breakthrough), que normalmente é protegida com patente ou registro, a Tabela Ambiental não tem esse tipo de proteção. Dessa forma, quem deseja utilizar a tabela em seus produtos, pode introduzi-la seguindo o exemplo da Natura de mostrar informações ambientais sobre os produtos.

De acordo com as normas ISO da séria 14.000, a Tabela Ambiental é considerada uma “auto-declaração ou também chamadas do tipo II”. Este tipo de declaração é voluntária, diferentemente da tabela nutricional que é atualmente um requisito legal para comercialização do produto. Existem ainda as do tipo I, onde uma terceira parte concede o selo a partir de critérios estabelecidos, por exemplo, o selo europeu the flower e do tipo III onde são necessários estudos de Avaliação de Ciclo Vida, ainda raros devido a complexidade da ACV.


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Design, prototipagem rápida e seus meios-Parte II


As tecnologias de Prototipagem Rápida atualmente disponíveis diferem em alguns aspectos como o processo utilizado, materiais e precisão, porém todas utilizam o paradigma de construção do protótipo por camadas. Os itens a seguir apresentam brevemente algumas das tecnologias mais usadas de Prototipagem Rápida, suas descrições e características.

Tecnologias mais conhecidas:

Estereolitografia (SLA)

A stereolitografia usa a emissão de um laser, um conjunto óptico, e resina fotossensível para construir a peça, camada por camada. Primeiramente o objeto em matemática CAD e fatiado em camadas. Em uma varredura um feixe de laser ultravioleta contorna a camada correspondente sobre a superfície de um recipiente contendo a resina fotossensível. Quando exposto ao feixe de laser, a resina fotossensível muda do estado liquido para sólido, gerando uma única camada. O procedimento e repetido para a camada imediatamente acima até que a peça seja construída por completo. Cada camada é ligada a uma anterior por fusão. A peça completa é removida do compartimento. Como tratamento à peça é curada com a utilização de um forno especial. Formas de peças na qual tenham partes desconectadas ou salientes requerem estruturas de suporte para evitar que estas desçam para o fundo do compartimento ou flutuem livremente na resina liquida. Estruturas de suporte também são usadas para preencher partes internas que serão preenchidas com liquido, o qual pode comprometer a rigidez da peça.


Sinterização Seletiva à Laser (SLS)

Neste processo uma fina camada de pó termofundível é depositada sobre uma superfície com a ajuda de um rolo. Um feixe de laser de CO2 sinteriza as áreas selecionadas causando a aderência do pó nas áreas a serem formadas pela peça naquela camada em particular. Deposições sucessivas de camadas são feitas até que a peça esteja completa. O pó não sinterizado (fundido) pelo laser e removido quando a peça estiver completa. Este serve como uma estrutura de suporte para as partes salientes e desconectadas. A diversidade de materiais que podem ser usados neste processo é significativa quando comparado a outros processos. Alguns materiais disponíveis para SLS são: nylon, cera, poliamida, elastomero, cerâmica e metal com polímero aglutinante para aplicações em ferramental leve.


Modelagem por Deposição de Material Fundido (FDM)

Nesta tecnologia um polímero termoplástico aquecido ou cera e estrudado através de um bico posicionado sobre uma mesa x-y. O bico e controlado por um computador e deposita material nas áreas selecionadas de cada camada. O processo e repetido de baixo para cima até que a peça seja construída. A rápida solidificação do termoplástico permite fazer em alguns casos partes salientes sem a necessidade de estruturas de suporte, mas em maioria são necessárias a criação de estruturas suportes para a modelagem.


Fabricação por Laminação do Objeto (LOM)

O processo LOM, já em desuso, utiliza a deposição sucessiva de folhas de materiais como filmes plásticos, papel, tecido, ou folhas metálicas para construir a peça camada por camada. O modelo matemático da peça desenvolvida em CAD é secionado para gerar as fatias correspondentes as camadas. Com o uso de um feixe de laser, o contorno da camada secionado é cortado na folha. Usando um rolo aquecido, a camada e unida a anterior e o processo continua até que a peça seja finalizada.


Solid Ground Curing (SGC)

Como na estereolitografia, SGC utiliza um fotopolímero liquido, sensível a luz ultravioleta, mas constrói a peça de uma maneira diferente. Inicialmente, uma máscara que permite ser reescrita e produzida para cada camada, sendo inserida sobre um vidro entre uma lâmpada ultravioleta e o polímero líquido. Uma fina camada de fotopolímero é espalhada. A luz ultravioleta passa através da mascara e endurece as áreas expostas do liquido imediatamente na camada, por completo. O maior benefício do uso de uma lâmpada ultravioleta e que a resina não requer pós-cura. A resina não curada e removida e reaplicada com cera para preencher todas as cavidades vazias, eliminando a necessidade de estruturas de suporte. A cera e cristalizada e a camada é polida para produzir superfícies lisas. A próxima camada e depositada usando o mesmo procedimento.

Continua...
.

IDW - Design Weekend 2009




quarta-feira, 1 de julho de 2009

XVII International Material Research Congress


The Materials Research Society (MRS)
The NACE International Section Mexico


Announce the

XVIII INTERNATIONAL MATERIALS RESEARCH CONGRESS 2009

16 - 21 August, Cancún, Mexico



Jointly with:


The International Conference on Perovskites-Properties and Potential Applications


2º. Simposium Latinoamericano sobre Métodos Físicos y Químicos en Arqueología, Arte y Conservación del Patrimonio Cultural LASMAC 2009


These meetings will provide an interactive forum for discussing the advances in synthesis, characterization, properties, processing, applications, basic research trends, corrosion prevention, etc., all related to the area of materials science and engineering.

The efforts of several societies, colleagues, sponsors and exhibitors will make an exciting multidisciplinary forum providing a valuable opportunity for research scientists to learn first hand about new directions in materials research and technology, as well as to share and exchange ideas with some of the best experts in the field.

.

ACV Análise do Ciclo de Vida - Parte II



A importância da ACV

O desenvolvimento tecnológico e a crescente sofisticação dos processos de produção possibilitaram a existência de diversas alternativas para produtos ou serviços com finalidades semelhantes. Em particular, desde a primeira crise do petróleo (no início da década de 70), o mundo intensificou a busca de formas alternativas de energia e a melhoria dos processos para otimizar a utilização dos recursos naturais.

Diversos estudos e iniciativas foram empreendidos naquela época. Embora a maioria desses estudos tivesse focalizado a questão energética, alguns deles chegaram a considerar, ainda que de forma superficial, vários aspectos ligados à questão ambiental, incluindo estimativas de emissões sólidas, líquidas ou gasosas.

A sociedade foi atribuindo cada vez mais importância às questões ambientais. Isto suscitou a necessidade de desenvolvimento de abordagens e ferramentas de gestão que possibilitassem às empresas (e, de uma maneira mais geral, às diversas partes interessadas da sociedade, como governo, institutos de pesquisas e outros) avaliar as conseqüências ambientais das decisões que tomavam em relação aos seus processos ou produtos.

Um dos primeiros problemas surgidos foi como comparar produtos ou processos distintos, do ponto de vista das suas conseqüências ambientais. Esta tarefa, aparentemente fácil, mostrou-se extremamente complexa em função da necessidade de estabelecimento de critérios comuns de comparação e da necessidade de uma abordagem completa do que se passou a chamar o ciclo de vida do produto.

É importante destacar que ficou evidente que já não era suficiente comparar as conseqüências ambientais apenas do processo de produção, por exemplo, sem levar em consideração as conseqüências ambientais de todas as outras fases da vida de um produto.

Para resolver esse problema desenvolveu-se a ferramenta de avaliação do ciclo de vida de produtos, materiais e serviços. Ela consiste em um método para a avaliação dos sistemas de produtos, desenvolvimento de materiais ou serviços que considera os aspectos ambientais em todas as fases da sua vida, estabelecendo vínculos entre esses aspectos e categorias de impacto potenciais, ligados ao consumo de recursos naturais, à saúde humana e à ecologia.

A utilização da ACV

Com a crescente conscientização da sociedade para as questões ambientais, os governos, trabalhadores, industriais e consumidores dos diversos países passaram a ter uma postura mais ativa visando à implantação efetiva de políticas mais responsáveis, na direção do que se designa de desenvolvimento sustentável.

Várias ações têm sido tomadas nesse sentido, que vão desde a elaboração de leis ambientais mais rigorosas à pressão hoje exercida pela sociedade sobre as empresas para a implantação de normas e sistemas de gerenciamento que garantam um mínimo de controle sobre seus processos e produtos.

As normas da série NBR ISO 14000 e, em particular, as normas relativas à Avaliação do Ciclo de Vida, têm sido reconhecidas pela sociedade como um instrumento eficaz nesse processo. Por isso, cada vez mais estão sendo utilizadas por todas as partes interessadas.

O método de ACV foi criado dentro de uma filosofia de ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável, que procura equilibrar a visão de preservação ambiental com a necessidade de desenvolvimento tecnológico. A principal meta é transformar os fluxos de materiais unidimensionais em ciclos ecológicos que levem em conta todo processo desde a captação da matéria prima até o descarte. Assim, o processo de produção incorpora noções como reciclagem e reaproveitamento e não apenas produção e descarte.

Continua...
.

sábado, 27 de junho de 2009

29 de Junho - Dia Mundial do Design


Dia 29 de Junho é o dia mundial do Design e o Industrial Council of Societies of Industrial Design - ICSID convida designers de todo o mundo para iniciar eventos deste ano, refletindo sobre o tema "Desenho Industrial: o produto da criatividade humana". Este dia internacional de observância é celebrada a fim de elevar a consciência sobre os benefícios do desenho industrial em melhorar a nossa qualidade de vida.

Eventos relacionados para 2009 pelo mundo:

» Canadá: http://www.objectifiedfilm.com/ - Objectifield Film é um filma que documenta os processos criativos de alguns dos mais influentes designers de produtos do mundo, fazendo uma análise de como os objetos criados por estes designers influênciam nossas vidas.
» Chile: http://www.icsid.org/education/schools_list/member_list62.htm - O evento irá proporcionar uma discussão interativa refletindo sobre os desafios que definem o design industrial, e a competitividade no nosso contexto atual e futuro. O evento vai abranger quatro temas principais: sustentabilidade, responsabilidade social, inovação e institucionalidade.
» Colombia: http://www.pastodisena.blogspot.com/ - Exposição ReUse - mostra produtos desenvolvidos a partir de resíduos. De 30 de Junho a 8 de Julho.
» Finlândia: http://www.finnishdesigners.fi - A associação de designer farão um passeio de trem por Helsinki para celebrar o dia mundial do design.
» Alemanha: http://www.red-dot.de/ - No dia 29 os vencedores do prêmio red dot: Product Design 2009, onde serão homenageados em uma cerimônia festiva no Essen Aalto Theater por eminentes representantes de design, empresas, e da política. O red dot museum vai mostrar o design award-winning de produtos em uma exibição especial que será executado a partir de 30 de Junho a 26 de Julho de 2009.
» Espanha: http://www.icsid.org/smallbox4/file.php?sb4a3fb6ee4fb69 - A Associação de Design Industrial irá acolher uma conferência intitulada "The making of...Environmental aspects in contract furniture" na Fundação Palo Alto, em Barcelona, em 29 de Junho de 2009. Os participantes receberão uma visita guiada à exposição Prêmio Design para Reciclagem antes da conferência.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

23º Prêmio Museu da Casa Brasileira



Lançado o 23º Prêmio Museu da Casa Brasileira. O prêmio tem por objetivo reconhecer a excelência no design brasileiro e, desta forma, incentivar seu fortalecimento e disseminação.

Categorias: - Mobiliário; - Protótipo em mobiliário; - Utensílios; - Protótipos em utensílios; - iluminação; - Protótipos em iluminação; - Têxteis; - Protótipos em texteis; - Equipamentos eletroeletrônicos; - Protótipos em equipamentos eletroeletrônicos; - Equipamentos de construção; - Protótipos em equipamentos de construção; - Equipamentos de transporte; - Protótipos em equipamentos de transporte; - Trabalhos escritos publicados; - Trabalhos escritos não publicados.

Participação: Individual ou em grupo.

Inscrições: até 17 de Agosto de 2009.

Mais informações em:
http://www.mcb.org.br/



Talento Volkswagen Design 2009

O Talento VW Design 2009 abre caminho para a reflexão sobre o futuro próximo, visando estimular propostas de veículos que tenham como principal finalidade otimizar as relações de tráfego e trânsito, permitindo essencialmente o prazer de dirigir e a privacidade do indivíduo, e incluindo a minimização dos impactos ecológicos e sociais tanto na produção quanto na circulação dos mesmos.

Tema: "VW urbano" - O VW urbano em 2029: - Prazer de dirigir e privacidade; - A Era Verde.

Categorias: - Shape Design; - Design de Acabamentos: Color & Trim.

Inscrições e envios de trabalhos: de 04 de maio a 31 de julho.

Participação: Apenas estudantes universitários que estiverem no último ano de Desenho Industrial com habilitações em Projeto de Produto / Programação visual; Design de interiores e acabamentos; Moda e Arquitetura, durante o período de 2010.

Para mais informações:
http://www.vwbr.com.br/design/

Inovação e design - MOB



Inovação e design como motor anti-crise, sustentabilidade, inclusão, cidadania, qualidade de vida e negócios. As novas idéias, estratégias, tendências, em quatro grandes temas:

Mais de 15 convidados estrangeiros, incluindo personalidades mundiais do design, membros da imprensa e formadores de opinião. Além de personalidades do empresariado, governo, indústria, design e imprensa nacional.

Executivos como Bruce Claxton, VP de Design Integration da Motorola no mundo
Educadores como Eric Anderson, professor da Carnegie Mellon e presidente da IDSA. Estrategistas de marca e design como Aura Oslapas, consultora de empresas da Fortune500. E o lendário Tucker Viemeister, chamado de guru pela BusinessWeek e designer do Oscar 2009.

MOB Design é a Mobilização da Objeto Brasil em prol do design e da inovação em todo o setor produtivo.




2º Prêmio Minas Design


A segunda edição do Prêmio Minas Design, que tem como tema "Design Aplicado ao Aço Inox Colorido", abre, a partir de hoje (08), as inscrições, para áreas de design gráfico e de produto, que tem como intuito premiar projetos cuja qualidade colabore para o desenvolvimento da economia de Minas Gerais e do design mineiro. A coordenação do Prêmio é da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) por meio do Centro Minas Design (CMD).

O Prêmio colocou como proposta, para este ano, a elaboração de projetos utilizando o inox colorido, visando incentivar a utilização deste material. O aço inox colorido tem uma gama diversificada de cores, aspecto que oferece inúmeras possibilidades de diferenciação e agregação de valor aos produtos.

Os projetos enviados, segundo o regulamento, vão ser analisados nos seguintes itens: predomínio do aço inox colorido, aspectos materiais, funcionais, formais, estético-formais, técnicos, tecnológicos, ambientais e processos produtivos. Nas duas modalidades, profissional e estudante, poderão concorrer projetos de qualquer setor da economia mineira que apresentem inovação no uso e aplicação deste material.

Para participar o candidato deve baixar no site do CMD a ficha de inscrição e enviá-la junto com o projeto de acordo com o estipulado no edital. As inscrições vão até o dia 18 de setembro e a premiação será no dia 6 de novembro. O 2º Prêmio Minas Design tem como patrocinadores o SEBRAE-MG, a Inoxcolor e a Madeirense.

* Edital de chamada - Prêmio Minas Design 2009
* Ficha de Inscrição - Prêmio Minas Design 2009

3º Concurso de Design Automotivo Plascar


O 3º Concurso de Design Automotivo Plascar oferece uma premiação atraente. O primeiro colocado pode ganhar R$ 5.000,00 (se estudantes de faculdades ou universidades públicas) ou uma bolsa de estudos integral por seis meses (se estudante de escolas privadas), além de seis meses de estágio remunerado na área de Engenharia de Desenvolvimento da Plascar, em Jundiaí (SP).

Para participar, os estudantes devem inscrever-se em uma das duas modalidades: design interior e design exterior de veículos. Quem ficas em segundo lugar ganha R$ 2.500,00 e o terceiro, R$ 1.500,00 0 seja estudantes de escola pública ou privada.

O concurso conta com a participação da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil) e tem o apoio da Revista Auto Esporte, da Editora Globo.

Inscrições até 01 de setembro de 2009.

Mais informações: www.plascar.com.br e http://twitter.com/Plascar.

.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

ACV Análise do Ciclo de Vida - Parte I


A crise do petróleo no início da década de 70 despertou os países desenvolvidos para a necessidade da melhor utilização de seus recursos naturais e racionalização do consumo de fontes energéticas esgotáveis.

Apesar deste ser o momento histórico referencial para os primórdios dos sistemas de gestão ambiental , em 1969 a Coca-Cola encomendou um estudo ao MRI (Midwest Reasearch Institute) para estimar os efeitos ambientais do uso de dois diferentes tipos de embalagens para refrigerantes. Este trabalho vem a ser aprimorado em 1974 pelo MRI, por encomenda da EPA (Environmental Protection Agency), e se torna o primeiro modelo do que conhecemos hoje como Análise de Ciclo de Vida (ACV) (CHEHEBE, 1998). Os primeiros estudos baseados nesta metodologia visavam prioritariamente estimar o consumo energético dos processos e produtos em questão.

Posteriormente na Europa foi desenvolvido um procedimento similar chamado Ecobalance, que a partir de 1985 torna-se uma referência obrigatória para as empresas da área alimentar, para o monitoramento do consumo de matérias primas e energia, além da geração de resíduos na fabricação de seus produtos.

Em 1991 o Ministério de Meio Ambiente da Suíça contratou um abrangente estudo sobre materiais para embalagens que gerou um banco de dados referencial para outros estudos, inclusive a versão do primeiro software para ACV, o Ökobase I.


Definição de ACV

A avaliação do ciclo de vida é um método de avaliação de produtos e serviços, que considera os aspectos ambientais em todas as suas diferentes fases, desde a extração de matérias-primas, passando pela produção, transporte, embalagem, consumo, até a disposição final dos resíduos.

A expressão "ciclo de vida" refere-se a todas as etapas e processos de um sistema de produção e consumo, considerando a aquisição de energia, matérias-primas e produtos auxiliares; aspectos dos sistemas de transporte e logística; características de utilização, manuseio, embalagem, marketing e consumo; sobras e resíduos e sua respectiva reciclagem ou destino final. Por isso, o método é também conhecido como avaliação do "berço ao túmulo".

A análise do ciclo de vida é um processo que objetiva avaliar os encargos ambientais associados a um produto, processo ou atividade, pela identificação e quantificação da energia e materiais utilizados e resíduos produzidos, visando avaliar o impacto dessa “utilização – liberação” no ambiente, e implementar oportunidades de melhorias ambientais. Este processo considera todas as interações (consumos e geração de resíduos) ocorridas desde a extração da matéria prima até o tratamento e/ou disposição final do produto após sua utilização.

A ISO em sua norma 14040 define Análise de Ciclo de Vida como ”compilação e avaliação de entradas e saídas (de matérias primas e recursos energéticos) e impactos ambientais potenciais de um produto através de seu ciclo de vida”.


A realização da ACV pode ser justificada não apenas pelos impactos ambientais associados aos processos industriais ou pelo consumo de matérias-primas e recursos energéticos, mas pela importância da consideração destes parâmetros no desenvolvimento de novos modelos de gestão.

Continua...

Design, prototipagem rápida e seus meios - Parte I


Em determinada fase do processo de pesquisa e desenvolvimento de um novo produto, o designer e ou engenheiro depara-se com a necessidade de prever o comportamento real de seu projeto. Encontramos esta situação quando projetamos um eletro-eletrônico, um equipamento médico, uma nova suspensão de veículo, um quadro de bicicleta, uma estrutura metálica sujeita a cargas dinâmicas, e em muitos outros casos. Uma solução tradicional seria a construção de protótipos ou modelos reduzidos para ensaios em laboratórios, onde instrumentos de medição cuidadosamente distribuídos coletariam dados de tensões, deformações, velocidades, forças, etc. Entretanto, a metodologia de construção e ensaio de diversos protótipos costuma consumir mais tempo e recursos do que seria o desejável, não sendo, portanto a solução ideal.

A Prototipagem Rápida pode ser vista como dois estágios diferentes: virtual (modelagem e simulação) e processo físico (fabricação).

A Prototipagem virtual consiste na criação de um modelo computacional através de simulação, dinâmica e interativa antes do protótipo físico ser criado. Primeiramente, o modelo computacional e criado a partir das características de forma, tamanho e material, levando em conta as especificações de funcionalidade e desempenho da peça final. No próximo passo, a simulação e executada para verificar se o projeto atende as necessidades, restrições e desempenho da especificação.

No ambiente de prototipagem virtual, a simulação possibilita executar testes que são impraticáveis e caros em laboratórios. Projetistas podem manipular virtualmente peças e montagens em tempo real, observando os efeitos das forças, conexões e juntas, colisões, e contato. Uma importante ferramenta no campo da prototipagem virtual e a interface manual (haptic interface) que permite tocar e sentir o protótipo sintético sendo criado, através do uso de luvas e óculos especiais. A avaliação obtida dará a informação necessária pare fazer corretamente todas as modificações necessárias antes do protótipo físico ser construído.

Uma vez que o modelo é criado e a simulação do objeto é dada por satisfatória, a informação pode ser enviada para a criação do protótipo físico. Neste estágio, a fabricação da peça criada ocorre por uso convencional ou de modernas tecnologias de fabricação.

Sem o uso das tecnologias de prototipagem rápida, seria necessários construir um protótipo físico, uma grande quantidade de ferramentas manuais, pessoal especializado, e maquinário altamente apropriado. O protótipo é então testado para adequar-se às especificações do projeto. Correções e revisões do projeto são feitas e seqüencialmente o próximo protótipo é construído com as modificações. O tempo associado com os vários protótipos físico feitos pode levar a um aumento no tempo de desenvolvimento do produto e afetar a qualidade do produto final.

Como mencionado anteriormente, o segundo estágio na Prototipagem Rápida e a fabricação do modelo por um processo conhecido como Solid Freeform Fabrication. Nesta técnica as peças são produzidas por adição de material, ao invés de deformar ou remover material (forja, usinagem, eletroerosão e etc.).

Bourell define Solid Freeform Fabrication como “a produção de objetos sólidos de forma livre diretamente de um modelo computacional sem ferramental especifico ou intervenção humana”. Usualmente, os termos Solid Freeform Fabrication e Prototipagem Rápida (Rapid Prototyping) são indistintamente usados para referenciar a fabricação de modelos físicos adicionando camadas de material. Neste artigo o termo Prototipagem Rápida e utilizado para este propósito.

Em Prototipagem Rápida. Inicialmente, um modelo sólido matemático (modelo 3D gerado em CAD) de um objeto ou peça, é decomposto em camadas (layers). Cada camada e construída por uma deposição de material que sucessivamente, uma por uma, vão formando o objeto. Cada camada depositada pode ser acompanhada por algum subprocesso necessário (remoção de material, alivio de tensão, etc.).

Por ser uma fabricação baseada em camadas, os sistemas de Prototipagem Rápida são capazes de produzir peças de geometria complexa e formas que são impraticáveis ou impossíveis, ou mesmo caras para construir com sistemas tradicionais. Exemplos incluem blocos com cavidades internas ou peças contendo outras peças embutidas. A Prototipagem rápida também tende a permitir a fabricação de peças com estruturas montadas (componentes eletrônicos ou térmicos) que seria impraticável usando sistemas convencionais de fabricação.

A Prototipagem rápida representa um importante papel em ferramental rápido, fabricando ferramentas para serem usadas em processos convencionais de fabricação de grandes volumes ou mesmo baixos lotes de produção para os emergentes "mercados de massa", como por exemplo, ferramentas para moldes de injeção ou moldes para fundição. A Prototipagem Rápida é também utilizada para fabricar protótipos para visualização ou comunicação de idéias em grupos de desenvolvimento, tocar e sentir, visualização de estruturas complexas, exibição de marketing, e protótipos funcionais.

Continua...


Blog Olhar Gráfico | Todos os Designs


O Olhar Gráfico é um olhar plural para todos os designs. Nele estão Eduardo Braga, Tribo In, de Belo Horizonte, Marilia Vianna, Portfolio Design, de Porto Alegre, Enéas Guerra e Valéria Pergentino, Solisluna, de Salvador, Mércia Assis e Claudio Ferlauto (QU4TRO), de São Paulo. E, espero, a presença de Claudio Rocha,Tupigrafia, de Genova, Itália. E tem a colaboração inestimável de Helena Sordili, Carranca Design, e de Sauê Burger Ferlauto, ambos de São Paulo.

Também é espaço para o debate, para a divergência e para trocas. Só não é espaço para coisas como logomarcas, cake design, hair design.


SENAI São Paulo Design


.

terça-feira, 23 de junho de 2009

ICAM 2009 - International Conference on Advanced Materials


The International Conference on Advanced Materials (ICAM) is one of the prestigious conferences of the International Union of Materials Research Societies (IUMRS) and is held in alternate years. The earlier conferences in this series were held in Beijing, China (1999), Cancun, Mexico (2001), Yokohama, Japan (2003), Singapore (2005) and Bangalore (2007). The ICAM 2009 is organized together with the VIII Brazilian MRS Meeting — VIII Encontro SBPMat. This event will be held in the beautiful city of Rio de Janeiro, Brazil, from 20 to 25 September 2009. Thirty technical symposia, four plenary lectures, an Energy Forum and an exhibition are envisaged. Each symposium will have invited talks, contributed oral and poster presentations.

A range of topics at the frontiers of material research of contemporary importance for science, technology and engineering will be highlighted. A galaxy of distinguished scientists will be present, delivering plenary and invited talks, among more than 2000 delegates.

.