quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tabela Ambiental - Natura

A tabela ambiental é uma iniciativa pioneira da Natura de colocar na rotulagem de suas embalagens e/ou na internet, seis indicadores que mostram a origem de suas matérias-primas e materiais de embalagem.
O objetivo da Natura é ser transparente e ter compromisso com a verdade. Outra intenção é mostrar os ganhos das iniciativas tecnológicas da Natura em prol do meio-ambiente.

A proposta da natura se baseia na tabela nutricional e busca através da idéia expor as características ambientais dos produtos. A partir de fatores ambientais existentes como: % detensoativos biodegradáveis, volume de diluição crítico, consumo de energia, emissão de gases de efeito estufa, além de quantificar a origem vegetal das matérias-primas desenvolvidas internamente na Natura.

Uma das principais preocupação quando a Natura construiu a tabela ambiental era criar parâmetros que o público em geral entendesse sem gerar dupla interpretação ou mesmo a incompreensão das informações apresentadas. A partir disso foram criados os indicadores de matérias-primas e indicadores de embalagens.

Indicadores de Matérias-Primas:

- Origem Vegetal Renovável: corresponde a toda parte da formulação dos produtos que teve sua origem de fonte vegetal.
- Origem Vegetal Natural: corresponde a toda parte da formulação dos produtos que teve sua origem de fonte vegetal e que não sofreu modificações em processos químicos.
- Com Certificação de Origem: corresponde a toda parte da formulação dos produtos que teve sua origem certificada.

Indicadores para as Embalagens:

-Material Reciclado: corresponde a toda parte da embalagem onde foi utilizado material reciclado pós-consumo, ou seja, componentes que já foram utilizados em algum produto e que foram reprocessados.
- Material Reciclável: corresponde a toda parte da embalagem que é possível reciclar depois que for utilizada, seja “up-cycling” (volta a se tornar uma embalagem dos produtos da Natura) ou down-cycling” (é utilizada para manufatura de outro produto, por exemplo, PET pode virar carpete).
- Número Recomendado de Refilagens: indica o total de vezes que a embalagem original pode ser reutilizada sem prejudicar sua aparência ou sua funcionalidade, e também sem alterar o produto.






Uma das premissas do projeto foi não aumentar o impacto ambiental, assim o estoque de frascos e cartuchos que não possuem a tabela não foram descartados. Além disso, produtos que tem embalagens pequenas, e, portanto não têm espaço para inclusão das tabelas, não terão cartuchos ou bulas incorporados apenas para sua colocação, como por exemplo batons. As informações de todos os produtos estão disponibilizadas no site da Natura.

Iniciativas como a da Natura mostram a preocupação de empresas que realmente estão preocupadas com os problemas ambientais, e não apenas aumentar o faturamento através de propagandas sobre o tema sustentabilidade. Esta iniciativa da inserção da tabela ambiental foi pioneira no segmento de cosméticos e a proposta ajuda na conscientização dos consumidores com relação as questões ambientais.

Diferentemente de uma nova tecnologia radical (breakthrough), que normalmente é protegida com patente ou registro, a Tabela Ambiental não tem esse tipo de proteção. Dessa forma, quem deseja utilizar a tabela em seus produtos, pode introduzi-la seguindo o exemplo da Natura de mostrar informações ambientais sobre os produtos.

De acordo com as normas ISO da séria 14.000, a Tabela Ambiental é considerada uma “auto-declaração ou também chamadas do tipo II”. Este tipo de declaração é voluntária, diferentemente da tabela nutricional que é atualmente um requisito legal para comercialização do produto. Existem ainda as do tipo I, onde uma terceira parte concede o selo a partir de critérios estabelecidos, por exemplo, o selo europeu the flower e do tipo III onde são necessários estudos de Avaliação de Ciclo Vida, ainda raros devido a complexidade da ACV.


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Design, prototipagem rápida e seus meios-Parte II


As tecnologias de Prototipagem Rápida atualmente disponíveis diferem em alguns aspectos como o processo utilizado, materiais e precisão, porém todas utilizam o paradigma de construção do protótipo por camadas. Os itens a seguir apresentam brevemente algumas das tecnologias mais usadas de Prototipagem Rápida, suas descrições e características.

Tecnologias mais conhecidas:

Estereolitografia (SLA)

A stereolitografia usa a emissão de um laser, um conjunto óptico, e resina fotossensível para construir a peça, camada por camada. Primeiramente o objeto em matemática CAD e fatiado em camadas. Em uma varredura um feixe de laser ultravioleta contorna a camada correspondente sobre a superfície de um recipiente contendo a resina fotossensível. Quando exposto ao feixe de laser, a resina fotossensível muda do estado liquido para sólido, gerando uma única camada. O procedimento e repetido para a camada imediatamente acima até que a peça seja construída por completo. Cada camada é ligada a uma anterior por fusão. A peça completa é removida do compartimento. Como tratamento à peça é curada com a utilização de um forno especial. Formas de peças na qual tenham partes desconectadas ou salientes requerem estruturas de suporte para evitar que estas desçam para o fundo do compartimento ou flutuem livremente na resina liquida. Estruturas de suporte também são usadas para preencher partes internas que serão preenchidas com liquido, o qual pode comprometer a rigidez da peça.


Sinterização Seletiva à Laser (SLS)

Neste processo uma fina camada de pó termofundível é depositada sobre uma superfície com a ajuda de um rolo. Um feixe de laser de CO2 sinteriza as áreas selecionadas causando a aderência do pó nas áreas a serem formadas pela peça naquela camada em particular. Deposições sucessivas de camadas são feitas até que a peça esteja completa. O pó não sinterizado (fundido) pelo laser e removido quando a peça estiver completa. Este serve como uma estrutura de suporte para as partes salientes e desconectadas. A diversidade de materiais que podem ser usados neste processo é significativa quando comparado a outros processos. Alguns materiais disponíveis para SLS são: nylon, cera, poliamida, elastomero, cerâmica e metal com polímero aglutinante para aplicações em ferramental leve.


Modelagem por Deposição de Material Fundido (FDM)

Nesta tecnologia um polímero termoplástico aquecido ou cera e estrudado através de um bico posicionado sobre uma mesa x-y. O bico e controlado por um computador e deposita material nas áreas selecionadas de cada camada. O processo e repetido de baixo para cima até que a peça seja construída. A rápida solidificação do termoplástico permite fazer em alguns casos partes salientes sem a necessidade de estruturas de suporte, mas em maioria são necessárias a criação de estruturas suportes para a modelagem.


Fabricação por Laminação do Objeto (LOM)

O processo LOM, já em desuso, utiliza a deposição sucessiva de folhas de materiais como filmes plásticos, papel, tecido, ou folhas metálicas para construir a peça camada por camada. O modelo matemático da peça desenvolvida em CAD é secionado para gerar as fatias correspondentes as camadas. Com o uso de um feixe de laser, o contorno da camada secionado é cortado na folha. Usando um rolo aquecido, a camada e unida a anterior e o processo continua até que a peça seja finalizada.


Solid Ground Curing (SGC)

Como na estereolitografia, SGC utiliza um fotopolímero liquido, sensível a luz ultravioleta, mas constrói a peça de uma maneira diferente. Inicialmente, uma máscara que permite ser reescrita e produzida para cada camada, sendo inserida sobre um vidro entre uma lâmpada ultravioleta e o polímero líquido. Uma fina camada de fotopolímero é espalhada. A luz ultravioleta passa através da mascara e endurece as áreas expostas do liquido imediatamente na camada, por completo. O maior benefício do uso de uma lâmpada ultravioleta e que a resina não requer pós-cura. A resina não curada e removida e reaplicada com cera para preencher todas as cavidades vazias, eliminando a necessidade de estruturas de suporte. A cera e cristalizada e a camada é polida para produzir superfícies lisas. A próxima camada e depositada usando o mesmo procedimento.

Continua...
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IDW - Design Weekend 2009




quarta-feira, 1 de julho de 2009

XVII International Material Research Congress


The Materials Research Society (MRS)
The NACE International Section Mexico


Announce the

XVIII INTERNATIONAL MATERIALS RESEARCH CONGRESS 2009

16 - 21 August, Cancún, Mexico



Jointly with:


The International Conference on Perovskites-Properties and Potential Applications


2º. Simposium Latinoamericano sobre Métodos Físicos y Químicos en Arqueología, Arte y Conservación del Patrimonio Cultural LASMAC 2009


These meetings will provide an interactive forum for discussing the advances in synthesis, characterization, properties, processing, applications, basic research trends, corrosion prevention, etc., all related to the area of materials science and engineering.

The efforts of several societies, colleagues, sponsors and exhibitors will make an exciting multidisciplinary forum providing a valuable opportunity for research scientists to learn first hand about new directions in materials research and technology, as well as to share and exchange ideas with some of the best experts in the field.

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ACV Análise do Ciclo de Vida - Parte II



A importância da ACV

O desenvolvimento tecnológico e a crescente sofisticação dos processos de produção possibilitaram a existência de diversas alternativas para produtos ou serviços com finalidades semelhantes. Em particular, desde a primeira crise do petróleo (no início da década de 70), o mundo intensificou a busca de formas alternativas de energia e a melhoria dos processos para otimizar a utilização dos recursos naturais.

Diversos estudos e iniciativas foram empreendidos naquela época. Embora a maioria desses estudos tivesse focalizado a questão energética, alguns deles chegaram a considerar, ainda que de forma superficial, vários aspectos ligados à questão ambiental, incluindo estimativas de emissões sólidas, líquidas ou gasosas.

A sociedade foi atribuindo cada vez mais importância às questões ambientais. Isto suscitou a necessidade de desenvolvimento de abordagens e ferramentas de gestão que possibilitassem às empresas (e, de uma maneira mais geral, às diversas partes interessadas da sociedade, como governo, institutos de pesquisas e outros) avaliar as conseqüências ambientais das decisões que tomavam em relação aos seus processos ou produtos.

Um dos primeiros problemas surgidos foi como comparar produtos ou processos distintos, do ponto de vista das suas conseqüências ambientais. Esta tarefa, aparentemente fácil, mostrou-se extremamente complexa em função da necessidade de estabelecimento de critérios comuns de comparação e da necessidade de uma abordagem completa do que se passou a chamar o ciclo de vida do produto.

É importante destacar que ficou evidente que já não era suficiente comparar as conseqüências ambientais apenas do processo de produção, por exemplo, sem levar em consideração as conseqüências ambientais de todas as outras fases da vida de um produto.

Para resolver esse problema desenvolveu-se a ferramenta de avaliação do ciclo de vida de produtos, materiais e serviços. Ela consiste em um método para a avaliação dos sistemas de produtos, desenvolvimento de materiais ou serviços que considera os aspectos ambientais em todas as fases da sua vida, estabelecendo vínculos entre esses aspectos e categorias de impacto potenciais, ligados ao consumo de recursos naturais, à saúde humana e à ecologia.

A utilização da ACV

Com a crescente conscientização da sociedade para as questões ambientais, os governos, trabalhadores, industriais e consumidores dos diversos países passaram a ter uma postura mais ativa visando à implantação efetiva de políticas mais responsáveis, na direção do que se designa de desenvolvimento sustentável.

Várias ações têm sido tomadas nesse sentido, que vão desde a elaboração de leis ambientais mais rigorosas à pressão hoje exercida pela sociedade sobre as empresas para a implantação de normas e sistemas de gerenciamento que garantam um mínimo de controle sobre seus processos e produtos.

As normas da série NBR ISO 14000 e, em particular, as normas relativas à Avaliação do Ciclo de Vida, têm sido reconhecidas pela sociedade como um instrumento eficaz nesse processo. Por isso, cada vez mais estão sendo utilizadas por todas as partes interessadas.

O método de ACV foi criado dentro de uma filosofia de ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável, que procura equilibrar a visão de preservação ambiental com a necessidade de desenvolvimento tecnológico. A principal meta é transformar os fluxos de materiais unidimensionais em ciclos ecológicos que levem em conta todo processo desde a captação da matéria prima até o descarte. Assim, o processo de produção incorpora noções como reciclagem e reaproveitamento e não apenas produção e descarte.

Continua...
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